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Dissertação do programa de Economia Aplicada estimou os Retornos Sociais e Privados do Ensino Profissionalizante para o Brasil

A estudante de mestrado em Economia Aplicada, Letícia Alves Tadeu Santiago, defendeu sua pesquisa de dissertação no dia 13 de fevereiro de 2015 intitulada “Análise do Retorno Social e Privado do Ensino Profissionalizante no Brasil”, orientada pelo professor Erly Cardoso Teixeira. O estudo buscou salientar a eficácia dos investimentos voltados para o ensino profissionalizante, por meio da comprovação da existência e da magnitude dos retornos sociais para o Brasil no ano de 2007. Análises sobre a condição de ocupação do indivíduo no mercado de trabalho e também sobre possíveis retornos privados, considerando a influência que os egressos dos cursos profissionalizantes exercem sobre estes, também foram realizadas. Os resultados evidenciaram que o retorno social para os indivíduos menos qualificados (0 a 7 anos de escolaridade) foi de 83%; para o grupo dos que tem entre 8 a 10 anos de escolaridade o retorno foi 20% e, para os mais qualificados (11 anos ou mais), os retornos sociais foram de 56%. Estes resultados sugerem que os investimentos alocados em educação profissionalizante de nível básico são mais eficazes do que os investimentos em educação profissional de níveis mais elevados. Em relação aos retornos privados ao ensino profissionalizante, todos os indivíduos pertencentes aos diferentes níveis de escolaridade obtiveram retornos privados positivos, sendo que os menos qualificados foram os que apresentaram maiores incrementos salariais. Em função da importância das políticas de educação profissional e tecnológica para a oferta e a demanda de trabalhadores mais qualificados, procedeu-se à análise da questão da condição dos egressos do ensino profissionalizante no mercado de trabalho em 2007. Concluiu-se através dos resultados que a probabilidade de emprego tanto para aqueles que concluíram cursos profissionalizantes de nível técnico quanto para os que concluíram cursos tecnológicos aumenta, assim como também a probabilidade de inatividade se reduz para ambos. Já para os que concluíram cursos de nível básico, observou-se uma redução na probabilidade de desemprego e de inatividade. Neste caso, a formação em cursos de qualificação de níveis mais elevados proporciona maiores chances de os indivíduos se inserirem no mercado de trabalho. Com os resultados da pesquisa foi possível demonstrar a importância do desenvolvimento de programas e de políticas que tenham por meta aumentar os investimentos na quantidade e qualidade do ensino profissionalizante à população brasileira, que ainda é considerada, em relação aos países desenvolvidos, carente em termos de qualificação de sua mão de obra. Isso faz parte do necessário processo de preparação do Brasil para os desafios futuros pela melhoria da educação básica e profissional, para que assim possa ser um país menos desigual, mais desenvolvido e competitivo.

Fonte: Letícia Alves Tadeu Santiago


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