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Tese analisou a relação entre a migração interestadual e a formação de capital humano no Brasil.

A tese “Migração interestadual e formação de capital humano no Brasil”, de autoria da estudante Paloma Santana Moreira Pais e orientada pelo professor Leonardo Bornacki de Mattos, foi defendida no dia 07 de julho de 2015, no Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada. De acordo com o estudo, os determinantes da mobilidade interna estão associados ao nível de qualificação do migrante, e este nível, por sua vez, pode gerar um estímulo ao aumento da escolaridade dos indivíduos que não migraram. Os resultados obtidos na pesquisa indicaram que a migração de pessoas com elevada qualificação (acima de 11 anos de escolaridade) incentiva a ampliação da frequência escolar à quinta série do ensino fundamental e ao primeiro ano do ensino médio, enquanto a mesma não afeta a frequência ao primeiro ano do ensino superior. A migração de pessoas com baixa qualificação (com até 3 anos de estudo), porém, desestimula a frequência ao ensino superior. Isso ocorre porque os indivíduos com tal nível de qualificação que migraram para áreas desenvolvidas obtêm rendimentos superiores àqueles alcançados pelos não migrantes de áreas com menos desenvolvidas. Assim, migração imediata destas pessoas já elevaria o rendimento presente, não sendo necessário investir em escolaridade para isso. Portanto, enquanto a mobilidade da população ainda for marcada por pessoas com baixos níveis de qualificação, a frequência ao ensino superior pode ser inferior à esperada.

Fonte: Paloma Santana Moreira Pais


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