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Dissertação de estudante do PPGEA analisa a adoção das práticas agrícolas conservacionistas no Brasil

A estudante Rosimere Miranda Fortini defendeu sua dissertação de mestrado em Economia Aplicada no dia 27/02/2018, intitulada “ADOÇÃO DE PRÁTICAS AGRÍCOLAS CONSERVACIONISTAS E EFICIÊNCIA PRODUTIVA NA AGRICULTURA BRASILEIRA “. A banca foi composta pelos seguintes membros: Marcelo José Braga (orientador), Alexandre Bragança Coelho (UFV), Alexandre Nunes Almeida (ESALq/USP) e Humberto Francisco Silva Spolador (ESALq/USP). O estudo analisou a adoção de diferentes práticas agrícolas conservacionistas pelos estabelecimentos agrícolas brasileiros. Especificamente, pretendeu-se: (i) determinar o efeito da adoção de diferentes práticas agrícolas conservacionistas sobre a produtividade e o lucro dos estabelecimentos agropecuários brasileiros; (ii) identificar os fatores que interferem na capacidade de adoção, por parte dos agricultores brasileiros, de práticas agrícolas conservacionistas; e (iii) identificar o efeito da adoção das práticas agrícolas conservacionistas sobre a eficiência técnica dos estabelecimentos agropecuários brasileiros divididos por grupos de áreas. Foram analisadas as seguintes práticas conservacionistas: terraço, plantio em curva de nível, rotação de culturas, lavoura para recuperação de pastagem e pousio ou descanso do solo. Os microdados do Censo Agropecuário de 2006 foram utilizados para as análises deste estudo. Como primeiro resultado, em média, os agricultores que adotam as práticas agrícolas conservacionistas possuem produtividade inferior aos produtores que não as adotam, apesar do lucro ser maior para este primeiro grupo. Por outro resultado, observa-se que a associação a uma cooperativa, o acesso ao financiamento e assistência técnica, a maior idade, mais anos de experiência, gênero masculino e ter mão de obra qualificada, são fatores que aumentam a probabilidade de adoção destas práticas. As variáveis categóricas, condições do produtor, nível educacional e a localização geográfica tiveram resultados variados, dependendo do tipo de prática analisada. A adoção das práticas conservacionistas, de fato, contribuem para que os estabelecimentos utilizem os fatores produtivos mais eficientemente, resultando em escores de eficiência técnica mais elevados, quando comparados aos não adotantes. Além disso, ao comparar os resultados em relação aos grupos de áreas, observou-se que os maiores estabelecimentos que adotam as práticas conservacionistas mostraram-se tecnicamente mais eficientes que os minifúndios e pequenos estabelecimentos. Assim, nota-se que a menor produtividade parcial da terra obtida pelos adotantes das práticas conservacionistas, quando comparado aos não adotantes, parece ser compensada pelo ganho de eficiência, à medida que se tem um maior lucro. As implicações políticas incluem melhoria de práticas gerenciais por meio de serviços de extensão, promoção de educação no campo, fortalecimento da relação pesquisa-extensão e desenvolvimento de pacotes de práticas agrícolas conservacionistas específicos para cada situação, de modo que tenham maior potencial de aumento de produtividade.


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