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Análise das Relações entre Desenvolvimento Humano Microrregional e as Emissões Brasileiras de Gases de Efeito Estufa.

A dissertação “Análise das Relações entre Desenvolvimento Humano Microrregional e as Emissões Brasileiras de Gases de Efeito Estufa”, de autoria do estudante Geanderson Eduardo Ambrósio e orientada pelo professor Dênis Antônio da Cunha, foi defendida e aprovada dia 24 de fevereiro de 2015 no programa de pós-graduação em Economia Aplicada. A discussão sobre reduções de emissões de gases de efeito estufa em âmbito intranacional e considerando certa equidade distributiva ajuda a explorar o potencial de mitigação nacional sem comprometer o desenvolvimento das regiões menos desenvolvidas. A abordagem aplicada é inédita no Brasil e determina que microrregiões cujo índice de desenvolvimento é considerado médio ou baixo, não devem ser requeridas a mitigar emissões. Por outro lado, as microrregiões de alto desenvolvimento devem ter maior parcela de responsabilidade sobre mitigações. Foi estimado que, entre os anos 2011 e 2050, o Brasil deverá emitir 300 gigatoneladas (Gt) de dióxido de carbono equivalente, sendo que 250 Gt serão emitidas pelas microrregiões depois de se tornarem desenvolvidas. A pesquisa propôs uma meta hipotética de redução de emissões na qual o Brasil deveria emitir, em 2050, 56,5% abaixo do que foi emitido em 2010. A microrregião de São Paulo (SP), uma das mais desenvolvidas do país, deveria contribuir com a meta nacional reduzindo suas emissões em 90%. Por outro lado, a microrregião de Vale do Ipanema (PE), uma das menos desenvolvidas, deveria contribuir com uma redução de somente 10%. A pesquisa indica também que as microrregiões localizadas no Sudeste tendem a ter seu desenvolvimento mais pautado em emissões do que as do Norte e Nordeste, que são, em média, menos desenvolvidas. Isto corrobora a importância de requerer maiores reduções em regiões mais desenvolvidas, a fim de permitir que as demais regiões possam pautar seu desenvolvimento em atividades intensivas em emissões, caso optem por fazê-lo. O exercício teórico e metodológico apresentado na pesquisa ressaltou a importância de considerar as heterogeneidades locais na determinação das metas de mitigação, respaldando uma alocação mais justa destas metas do ponto de vista socioeconômico.

Fonte: Geanderson Eduardo Ambrósio


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