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Demanda domiciliar por carnes no Brasil é tema de dissertação defendida no programa de pós-graduação em Economia Aplicada.

A dissertação intitulada “Demanda domiciliar por carnes no Brasil: a questão da separabilidade”, de autoria do estudante Guilherme Fonseca Travassos e orientada pelo Prof. Alexandre Bragança Coelho, foi defendida no dia 20 de fevereiro de 2014 no programa de pós-graduação em Economia Aplicada da UFV. O estudo observou transformações na demanda domiciliar por carnes no Brasil, causadas principalmente por mudanças estruturais, tais como a urbanização, mudanças nas características demográficas e a elevação da demanda por praticidade. Neste sentido, a dissertação buscou conhecer exatamente a estrutura de demanda pelo produto, utilizando o conceito de separabilidade fraca. Especificamente, buscou-se testar se o grupo Carnes é fracamente separável dos demais alimentos na demanda domiciliar no Brasil e como seria o formato da árvore de utilidade para a demanda por carnes. Além disso, foram analisadas a sensibilidade do consumo de carnes em relação ao dispêndio das famílias e aos preços, assim como a influência das variáveis demográficas de localização e composição dos domicílios. Por fim, ainda foi verificada a relação da demanda por cortes processados e o fato de a mulher ser chefe do domicílio, contribuindo para demanda por praticidade. Os principais resultados da pesquisa foram de que o grupo Carnes não é separável dos demais alimentos, e que não há separabilidade fraca entre as carnes por tipo de animal ou por qualidade. Políticas de melhoria de renda, em detrimento a políticas que promovem a queda nos preços, são mais eficazes para incentivar o consumo de carnes nos domicílios brasileiros. Percebeu-se também uma tendência de mudança de consumo intra-grupo no caso das carnes de frango, comportamento não observado para as carnes suína e bovina. Pôde-se verificar também que a demanda por carnes depende da localização e composição domiciliar, e que o aumento da demanda por itens processados pode ser em função de uma maior demanda por conveniência, sendo positivamente relacionada com o fato de a mulher ser chefe do domicílio. Além dessas questões, verificou-se ainda que, ao se estimar sistemas de demanda não considerando a hipótese de separabilidade fraca, não se encontram diferenças estatisticamente significativas nas elasticidades-dispêndio e nas elasticidades-preço marshallianas dos bens em questão, mas perceberam-se diferenças estatisticamente significativas nas elasticidades-preço cruzadas e nos efeitos marginais das variáveis demográficas. (Public. em 25/04/2014)

 Fonte: Guilherme Fonseca Travassos


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