Informativo
Dissertação defendida no âmbito do programa de pós-graduação em Economia Aplicada estuda o spread bancário através do poder de mercado dos bancos.
Pesquisa elaborada na dissertação do estudante Alexandre Carvalho da Cruz, feita sob a orientação da prof.a Joanna Georgios Alexopoulos, analisa o comportamento do spread bancário e de agregados macroeconômicos em função do poder de mercado dos bancos. O trabalho “O comportamento do spread bancário em um contexto macroeconômico”, defendido e aprovado no dia 25 de fevereiro de 2015, nota as altas taxas de spread bancário praticadas no Brasil e em países latino-americanos em comparação com o resto do mundo e indica que há custos relacionados a elevadas taxas de spread como a menor oferta de crédito e a diminuição do crescimento do setor produtivo da economia. O modelo utilizado é capaz de explicar cerca de 2% do spread bancário em função do poder de mercado dos bancos. Para o Brasil, em particular, esse percentual corresponde a 5,11% do spread bancário médio. De forma a fazer com que o modelo explicasse completamente o spread bancário através do poder de mercado dos bancos, foi elaborado um experimento de calibração. Os valores calibrados para as elasticidades de substituição de depósitos e empréstimos bancários para o Brasil foram de -1,03 e 1,03, respectivamente, indicando mercados bancários pouco competitivos. A análise dos efeitos cíclicos sobre as variáveis macroeconômicas agregadas é feita comparando dois cenários: um em que o poder me mercado dos bancos é alto e outro em que o poder de mercado dos bancos é baixo. Em geral, em mercados com maior competição bancária, os agregados macroeconômicos são mais sensíveis a choques cíclicos com ajustamento mais rápido ao estado estacionário. Por outro lado, quando há menos competição bancária, as variáveis macroeconômicas são menos sensíveis a choques e se ajustam mais suavemente ao estado de equilíbrio da economia.
Fonte: Alexandre Carvalho da Cruz