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Dissertação defendida no programa de pós-graduação em Economia Aplicada analisa o poder de mercado nas exportações de leite em pó para o Brasil.

A dissertação intitulada “Poder de mercado nas exportações de leite em pó para o Brasil”, de autoria do estudante Lucas Campio Pinha e orientada pelo Prof. Marcelo José Braga, foi defendida no dia 26 de fevereiro de 2014 no programa de pós-graduação em Economia Aplicada da UFV. O estudo observou que há indícios de que Argentina e Uruguai, principais exportadores de leite e pó integral e desnatado para o Brasil, exercem poder de mercado devido às altas parcelas de mercado, baixas elasticidades preço e preço cruzado e barreiras à entrada. Assim, a dissertação objetivou verificar se, de fato, ambos os países exercem poder de mercado no que tange as exportações de leite em pó para o Brasil. Inicialmente uma breve discussão do mercado é realizada, caracterizando os mercados relevantes das importações brasileiras de leite em pó em sua vertente geográfica como os produtos importados de Uruguai e Argentina, e em sua vertente de produto como ambos os derivados lácteos em mercados distintos. Os principais resultados da pesquisa foram que, com relação ao leite em pó integral, as firmas argentinas e uruguaias exercem um significativo poder de mercado, o primeiro em maior magnitude. Já com relação ao leite em pó desnatado as firmas uruguaias exercem poder de mercado significativo, diferentemente dos resultados encontrados para as firmas argentinas. Comparando os resultados encontrados com o equilíbrio oligopolístico de Cournot, nota-se que os resultados são coerentes com a teoria, visto que na média da amostra a Argentina exportou mais leite em pó integral para o Brasil enquanto o Uruguai foi responsável por maior parte do leite em pó desnatado. Os resultados sugerem que seria interessante para o consumidor brasileiro que maior concorrência fosse estimulada nas importações brasileiras de leite em pó, pois assim os preços tenderiam a ser menores. Para isto, duas sugestões seriam incentivar a concorrência entre as firmas argentinas e uruguaias, e também incentivar a concorrência entre os produtos estrangeiros e os produtos nacionais, o que demandaria maior investimento em pesquisa, desenvolvimento, redução de custos de produção de leite e de transporte, entre outros. (Public. em 25/04/2014)

 Fonte: Lucas Campio Pinha


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