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Estudante do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada defende dissertação intitulada “Acesso à educação infantil e a alocação de tempo das mães”.

A dissertação intitulada Acesso à educação infantil e a alocação do tempo das mães, de autoria da discente Ana Luisa Malatesta de Campos sob orientação da Professora Maria Micheliana da Costa Silva (DER/UFV) foi defendida em 9 de dezembro de 2019. A banca examinadora foi composta pelo Professor Leonardo Chaves Borges Cardoso (DER/UFV), pela Professora Amanda Cappellazzo Arabage (FGV) e pelo professor Bladimir Carrillo Bermudez (DER/UFV).

O acesso à educação infantil é uma forma eficaz de as mães conseguirem conciliar carreira e família, já que dispondo de lugar para o filho permanecer, o tempo da mulher pode ser alterado. Nesse contexto, o trabalho procurou avaliar o impacto da frequência à educação infantil na alocação de tempos das mães entre o trabalho remunerado e o doméstico não remunerado, e não apenas sobre a oferta de trabalho formal da mãe.

Como a decisão de levar o filho à educação infantil é tomada ao mesmo tempo em que a mãe decide como alocar o seu tempo entre as diversas atividades, o seu impacto pode ser mensurado de uma forma equivocada, além de que as mães que levam os filhos a educação infantil são muito diferentes daquelas que não levam. Por isso, recorreu-se a uma abordagem de estimação com variável instrumental, fazendo uso de uma mudança na Legislação que estabeleceu uma nova idade obrigatória para as crianças entrarem na educação infantil. Observou-se então, o Efeito Médio de Tratamento Local (LATE), que captura o efeito médio da frequência à educação infantil apenas para a subpopulação de mães que não levavam os filhos a escola e passam a levar por causa da mudança na Lei. Foram usados dados da PNAD, para os anos de 2011 a 2015, e uma amostra de mães de 16 a 40 anos.

Os resultados encontrados sugerem que a frequência do filho à educação infantil aumenta a proporção de horas totais gastas em trabalho remunerado e reduz a participação em das horas de trabalho doméstico. Assim, a educação infantil pode não estar reduzindo a jornada dupla da mãe. Como o trabalho dentro de casa vai além dos cuidados dos filhos, o resultado pode estar sugerindo que ela ainda continua responsável por todo o gerenciamento e execução dos afazeres domésticos, mesmo aumentando a participação das horas destinadas ao mercado de trabalho.

Da esquerda para direita: Prof Leonardo Chaves Borges Cardoso (DER/UFV), Profª Amanda Cappellazzo Arabage (FGV), Prof Bladimir Carrilo Bermudez (DER/UFV); Ana Luisa Malatesta de Campos e Profª. Maria Micheliana da Costa Silva (DER/UFV).


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