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Estudante do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada defende dissertação intitulada “Demanda de nitrogênio e eficiência agroambiental na produção brasileira de cereais”.

A estudante Elizângela Aparecida dos Santos defendeu sua dissertação de Mestrado em Economia Aplicada intitulada “Demanda de nitrogênio e eficiência agroambiental na produção brasileira de cereais” no dia 7 de fevereiro de 2020. A banca examinadora foi composta pelo orientador, Dênis Antônio da Cunha (DER/UFV), o coorientador, Guilherme Fonseca Travassos (DER/UFV), e os professores Alexandre Bragança Coelho (DER/UFV) e Leonardus Vergutz (DPS/UFV). Em sua pesquisa, a estudante procurou compreender os principais fatores que explicam a demanda brasileira por fertilizantes nitrogenados sintéticos, bem como a eficiência agroambiental de seu uso na produção de cereais, relacionando-a com as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

O estudo dessas questões foi motivado pelas evidências científicas de que as mudanças globais vêm se intensificando, sendo mais expressivas com relação ao clima. Ao mesmo tempo, espera-se crescimento contínuo da população mundial, aumentando a demanda por alimentos, principalmente os cereais. No Brasil, a produção de cereais utiliza grandes quantidades de fertilizantes sintéticos, entre eles, os nitrogenados. Quando usada de modo não racional ou ineficientemente, a fertilização nitrogenada acaba influenciando para o aumento das emissões de óxido nitroso, contribuindo para acelerar as mudanças climáticas.

Para alcançar os objetivos da pesquisa, a demanda foi estimada pelo método de Mínimos Quadrados em Dois Estágios (MQ2E). Calculou-se a Eficiência de Uso de Nitrogênio (EUN) por meio de um índice agroambiental, relacionando-a às emissões de óxido nitroso. Os principais resultados do trabalho evidenciaram que a demanda de fertilizantes sintéticos no Brasil responde, principalmente, ao preço e produção de cereais e uso passado de fertilizantes. A eficiência agroambiental calculada apresentou valores decrescentes para todas as regiões geográficas do país, o que pode estar relacionado a perdas econômicas e ambientais. As emissões de óxido nitroso oriundas da fertilização nitrogenada cresceram no período de análise. Desse modo, pode-se afirmar que políticas públicas que garantissem mais assistência técnica agrícola e formas alternativas e racionais de uso de nitrogênio poderiam contribuir para a redução das doses sintéticas aplicadas na produção, minimizando os efeitos ambientais, sem gerar prejuízos econômicos aos agricultores e climáticos à sociedade como um todo.

Da esquerda para direita (à frente): Dênis Antônio da Cunha; Elizângela Aparecida dos Santos; Guilherme Fonseca Travassos; Alexandre Bragança Coelho. Ao fundo: Leonardus Vergutz.


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