Informativo
Estudante do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada defende dissertação intitulada “Domicílios chefiados por mulheres e choques de renda: uma análise para as regiões metropolitanas brasileiras no período de 2011 a 2015”.
A dissertação intitulada “Domicílios chefiados por mulheres e choques de renda: uma análise para as regiões metropolitanas brasileiras no período de 2011 a 2015” de autoria da discente Andrezza Luiza Batista sob orientação da professora Lorena Vieira Costa Lelis, foi defendida no dia 15/07/2019. Além do orientador, a banca foi composta pelos professores Bladimir Carrilo Bermudez (DER/UFV) e Cristiana Tristão Rodrigues (DEE/UFV).
O estudo buscou responder às seguintes perguntas: Choques de renda, negativos e positivos, afetam a estrutura domiciliar, alterando as probabilidades das mulheres se tornarem chefes de domicílio nas regiões metropolitanas brasileiras? E, domicílios chefiados por mulheres que sofreram choques de renda (positivos e negativos), possuem chances diferentes de estarem mais vulneráveis à pobreza do que os domicílios chefiados por homens? Para tal, foram utilizados dados empilhados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2011 a 2015. A estratégia de identificação baseou-se na utilização da taxa de desemprego das regiões metropolitanas como choque de renda.
Os resultados apontam que choques de renda negativos, geral e setoriais, assim como um choque positivo no setor de serviços, reduzem o poder de barganha feminino dentro do domicílio, diminuindo as chances da mulher se tornar chefe de domicílio nas regiões metropolitanas brasileiras e que os choques positivos geral e na indústria aumentam tal probabilidade. Além disso, os choques de renda ocorridos há três anos não são significativos para explicar as chances de pobreza dos domicílios chefiados por mulheres no Brasil metropolitano, com exceção para os domicílios chefiados por mulheres que sofreram choque negativo de renda no setor de serviços há três anos. Nesse caso, eles possuem menores chances de se encontrarem em condição de pobreza. Além do mais, domicílios chefiados por mulheres, por si só, sem considerar a ocorrência de choques, são significativamente mais prováveis de serem pobres do que domicílios chefiados por homens.