Informativo

Estudante do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada defende tese intitulada “BRAZILIAN FUTURE LAND-USE DYNAMICS AND IMPACTS OF DEFORESTATION POLICIES”.

O estudante Geanderson Eduardo Ambrósio defendeu sua tese de doutorado em Economia Aplicada intitulada “BRAZILIAN FUTURE LAND-USE DYNAMICS AND IMPACTS OF DEFORESTATION POLICIES”, no dia 03 de Junho de 2019. Os estudos para realização da tese foram conduzidos no Departamento de Economia Rural (DER/UFV), no Instituto de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (IPPDS/UFV) e no Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK/Alemanha). Participaram da banca de defesa o orientador Dênis Antônio da Cunha (DER/UFV), os coorientadores Jan Dietrich e Hermann Lotze-Campen (PIK/Alemanha) e os professores Marcos Heil (DEA/UFV) e Marcia Alcoforrado de Morais (PIMES/UFPE). A tese contribuiu para o desenvolvimento de uma versão regionalizada (MAgPIE-Brazil) do modelo global de uso da terra MAgPIE, desenvolvido originalmente no PIK. A versal com enfoque para o Brasil mantém a dinâmica global do modelo original e otimiza seus resultados para estudos em que o objeto de pesquisa seja o Brasil ou alguma região menor.

Na referida tese foram feitas projeções de uso da terra para o Brasil até 2100 e também análise de impacto da redução do desmatamento na Amazônia Legal e Cerrado até 2050. Os resultados da primeira parte da tese sugerem que o uso da terra no Brasil pode evoluir em diversos caminhos, dependendo dos pressupostos socioeconômicos (como consumo, taxas de juros, impostos de importação, entre outros) e biofísicos (como produtividade de culturas agrícolas, disponibilidade hídrica e conteúdo de carbono na atmosfera, entre outros). Na maioria dos cenários projetados, a área de pastagem reduz nas próximas décadas, enquanto a área agrícola expande sobre pastagens abandonadas até 2040, especialmente no sul e nordeste. O desmatamento reduz e se estabiliza nas próximas décadas e essa dinâmica pode ser devido ao abandono das pastagens e às políticas de redução do desmatamento. Na segunda parte da tese, tem-se a confirmação de que a política de desmatamento na Amazônia Legal e Cerrado contribuem com a preservação líquida de até 50 milhões de hectares de florestas entre 1995 e 2050. Tal política promove também realocação agropecuária para outros países, resultando em desmatamento e emissões de Carbono nesses países, porém estes efeitos não são maiores que a mitigação brasileira. 

Esse contrapeso demonstra que os resultados de mitigação do Brasil são mais altos do que sua contribuição efetiva para a mitigação global. Por um lado, os diversos caminhos de uso da terra até 2100 sugerem que o Brasil ainda pode ter tempo para conduzir suas mudanças de uso da terra de acordo com seus melhores interesses. No entanto, como os resultados globais relativos são mais baixos do que os resultados individuais brasileiros, o tempo que o Brasil ainda pode ter para agir e direcionar seu uso da terra também deve ser usado para desenvolver políticas internacionais cooperativas de mitigação a fim de aumentar a eficácia global dessas políticas. 


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