Informativo
Estudante do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada (PPGEA) defende tese intitulada: “Ecoeficiência das Nações e Ecoinovação Empresarial: Ensaios sobre Sustentabilidade Ambiental”.
De autoria de Gabriel Teixeira Ervilha e orientada pelos docentes Wilson da Cruz Vieira (DER/UFV) e Elaine Aparecida Fernandes (DEE/UFV), a tese intitulada “Ecoeficiência das Nações e Ecoinovação Empresarial: Ensaios sobre Sustentabilidade Ambiental” buscou compreender duas importantes problemáticas relacionadas à sustentabilidade ambiental, uma abordando ecoeficiência, em nível de nações, e o outra a ecoinovação, em nível da indústria de transformação brasileira. A Banca Examinadora da Tese de Doutorado em Economia Aplicada, ocorrida em 29 de agosto de 2019, foi composta pelo Comitê Orientador e pelos docentes Ian Michael Trotter (DER/UFV), Laércio Antônio Gonçalves Jacovine (DEF/UFV) e Thiago Costa Soares (UFJF-GV).
O primeiro ensaio buscou avaliar, pela análise envoltória de dados, a eficiência unificada (produtiva e ambiental) de 109 países e sua evolução ao longo do tempo, assim como a ocorrência de congestionamentos na produção mundial. Os resultados indicaram não haver relação entre nível de desenvolvimento econômico e eficiência unificada e que o fator escala tem um papel relevante quando se trata de ecoeficiência das nações. Observou-se, ainda, que a congestão desejável não está presente na maioria dos países estudados e que a busca por ganhos ecotecnológicos deve ser priorizada para alcançar a sustentabilidade. Por fim, dada sua importância, sugere-se que indicadores de eficiência sejam utilizados na proposição de políticas globais de metas para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Já o segundo ensaio objetivou analisar, por meio do método econométrico logit ordenado multinível e da Pesquisa de Inovação (PINTEC 2014), os determinantes da ecoinovação nas empresas de transformação brasileiras. Os resultados indicaram a importância das heterogeneidades setoriais na probabilidade das empresas ecoinovarem, além dos fatores individuais das firmas. Nesse sentido, o fortalecimento de ações de P&D, os investimentos públicos, a maior interação entre instituições de pesquisa e ensino com as empresas e instrumentos regulatórios específicos podem contribuir para se ter uma indústria de transformação mais aberta a práticas eficientes de gestão ambiental.