Informativo
O comportamento do investimento direto estrangeiro (IDE) diante da crise financeira do subprime é tema de tese do Programa de Pós-graduação em Economia Aplicada.
A tese “O comportamento do investimento direto estrangeiro diante da crise financeira internacional (subprime): uma análise para países asiáticos e latino-americanos” de autoria da doutoranda Priscila Gomes de Castro, orientada pelo professor Antônio Carvalho Campos, foi defendida no dia 07 de agosto de 2015 no programa de pós-graduação em Economia Aplicada. A recente crise financeira internacional provocou sérias consequências em vários aspectos da economia mundial (quebras financeiras, queda na produção, comércio, emprego, entre outras) inclusive sobre os níveis de IDE. Dessa forma, a tese objetivou avaliar o impacto dessa crise sobre os níveis de IDE nos países emergentes em questão. Nesse sentido, inicialmente, foi apresentada uma discussão teórica sobre a relação de crises financeiras com o IDE e também uma análise do comportamento desse tipo de investimento nos países asiáticos e latino-americanos. A partir dessas discussões e do modelo de ajustamento parcial de estoques, foi desenvolvido um modelo econométrico para estimar o impacto da recente crise sobre os estoques de IDE nos países emergentes. Tal estimação seguiu procedimentos e testes para painéis dinâmicos. Entre os resultados do modelo, observou-se que a crise financeira internacional em 2008, teve um impacto negativo sobre os estoques de IDE nos países envolvidos. No entanto, a magnitude desse impacto foi diferenciada entre as duas regiões, ao reduzir mais os estoques de IDE nos países asiáticos quando comparados aos países latino-americanos. Tal diferença na magnitude foi remetida à vulnerabilidade e à heterogeneidade nas estruturas econômicas e institucionais dos países, expressas especialmente na estrutura dos seus sistemas financeiros, no contágio do mercado de capitais, assim como nas respostas políticas à crise em cada região. Ademais, nos países de ambas as regiões, o período de extensão da crise, de 2009 a 2013, foi favorável ao crescimento dos estoques de IDE, associado ao maior contágio da crise nos países desenvolvidos.
Fonte: Priscila Gomes de Castro
