Informativo
Pesquisa cientifica de discente do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada estuda a ocorrência e os efeitos de ondas de calor sobre excessos de mortalidade e morbidade em todos os municípios brasileiros nas últimas duas décadas.
Da esquerda para a direita: José Gustavo Féres (orientador), Paulo Henrique Cirino Araujo (discente), Marcelo José Braga (coorientador), Flávio Barbosa Justino (membro) e Leonardo Chaves Borges Cardoso (membro).
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A tese intitulada “Ensaios Econômicos sobre Ondas de Calor e seus Impactos sobre a Saúde no Brasil”, de autoria do discente Paulo Henrique Cirino Araújo e orientada pelos professores José Gustavo Féres e Marcelo José Braga, foi defendida no dia 22 de fevereiro de 2017, no Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada da UFV. O estudo caracterizou e identificou a ocorrência de eventos de ondas de calor em todos os municípios brasileiros nas últimas duas décadas, bem como analisou os efeitos desses fenômenos sobre excessos de mortalidade e morbidade. Dentre os principais resultados, verificou-se que as ondas de calor são mais incidentes e duradouras nos municípios da região Centro-Oeste do país, bem como, no período de análise, notou-se que esses eventos tem se manifestado de forma mais intensa e frequente. O calor excessivo exerce efeitos significativos sobre os excessos de mortalidade, principalmente de doenças infecciosas e parasitárias, do aparelho circulatório e respiratório. Somado a isso, neste estudo, notou-se que esses fenômenos estão diretamente relacionados com variações nas notificações de internações hospitalares infantis, especialmente por doenças diarreicas, desidratação, dengue, desnutrição e doenças respiratórias. Em termos de política pública, estima-se que os custos médios para contornar os efeitos desses fenômenos seja aproximadamente 50 reais e 2,25 centavos por habitante para doenças infecciosas e do aparelho circulatório, respectivamente. Ainda, estima-se que, durante os episódios de calor extremo nas capitais estaduais, o gasto hospitalar anual com internações de crianças com idade inferior a 9 anos seja de 14,5 milhões de reais. A partir desses e outros resultados, a pesquisa concluiu que episódios persistentes de temperaturas extremas são bastante significativos sobre a saúde, principalmente de crianças, idosos e residentes de municípios considerados extremamente pobres.. Fonte: Paulo Henrique Cirino Araújo |