Informativo
Primeira tese defendida em cotutela do Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada (UFV) com a Universidade de Nebraska (EUA).
Da esquerda para direita: Mary G. McGarvey (UNL), Lilyan E. Fulginiti (UNL), Felipe de Figueiredo Silva (doutorando), Richard K. Perrin (UNL), Fabio Mattos (UNL) e Marcelo J. Braga (UFV)
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A tese “Tradeoff between agriculture and forest preservation in the Brazilian Amazon”, de autoria do estudante Felipe de Figueiredo Silva e orientada pelos professores Marcelo J. Braga (UFV), Richard K. Perrin (UNL) e Lilyan E. Fulginiti (UNL) e defendida no dia 23 de fevereiro de 2017, no programa de pós-graduação em Economia Aplicada na Universidade Federal de Viçosa (UFV) e no programa de pós-graduação em Economia Agrícola da University of Nebraska-Lincoln (UNL), teve como objetivo estimar o custo de oportunidade da preservação da Floresta Amazônica e o impacto dos avanços tecnológicos na relação entre agricultura e preservação da Amazônia no Brasil.De acordo com esse estudo, o preço de uma tonelada de CO2, utilizado pelo governo brasileiro a fim de angariar fundos para a preservação da floresta Amazônica, está subestimado. Inicialmente, o estudo procurou estimar a fronteira de possibilidades de produção usando o modelo directional output distance functions a partir de dados obtidos em âmbito municipal. Essa estimação permitiu identificar o custo de oportunidade da preservação da floresta e os impactos dos avanços tecnológicos na região. Os resultados mostraram que, para preservar um hectare de floresta Amazônica, os municípios, anualmente, deveriam abrir mão de cerca de US$ 800,00. Medidas de conversão entre 01 hectare de floresta e a quantidade de carbono sequestrada pela floresta permitiram estimar que o custo de manter sequestrada 01tonelada de CO2 na floresta são, pelo menos, US$ 14.00. O que é, significativamente, mais alto do que o utilizado pelo governo, US$ 5.00, e os reportados na literatura sobre o tema. Os resultados indicaram, ainda, que o progresso tecnológico foi direcionado a um aumento da produção agrícola, incorrendo em menor acréscimo de desmatamento. Fonte: Felipe de Figueiredo Silva |