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Tese do programa de Economia Aplicada discute os efeitos das políticas de mitigação das emissões de GEE e dos spillovers tecnológicos.

A tese “Políticas climáticas, Crescimento econômico, e Bem-estar: uma abordagem dinâmica multiregional”, de autoria da estudante Geovânia Silva de Sousa e orientada pela professora Marília Fernandes Gomes Maciel, foi defendida dia 26 de fevereiro de 2015 no programa de pós-graduação em Economia Aplicada. O trabalho buscou analisar o desempenho das economias desenvolvidas e em desenvolvimento com a implementação da política climática de redução das emissões na presença dos spillovers tecnológicos para os países desenvolvidos (EUA e Europa) e para os países em desenvolvimento (América Latina e China) em um período de 100 anos, utilizando um modelo elaborado a partir do Modelo de Investimento e Desenvolvimento Tecnológico (MIND-RS). De acordo com os resultados obtidos na pesquisa, quando a política climática é aplicada somente para os países desenvolvidos houve uma redução nos níveis de emissão dos GEE, o que gerou uma pequena redução no crescimento econômico sem afetar o bem-estar. Quando aplicada para ambos, países desenvolvidos e em desenvolvimento, foram obtidos resultados similares ao cenário anterior, todavia a intensidade da redução nos níveis de emissões de CO2 foi maior, demonstrando que a cooperação entre os países em prol da estabilização da temperatura atmosférica implica em maior eficiência da política climática. Por conseguinte, ao considerar a política climática global em conjunto com os spillovers tecnológicos, que aumentam a eficiência energética, houve uma redução significativa das emissões de CO2 e elevação tanto no crescimento como no nível de bem estar, associado a uma distribuição aceitável dos custos entre as economias. Depreende-se que a alternativa mais eficaz no sentido de mitigar as emissões de GEE e alcançar a estabilidade da temperatura é a instituição de uma política climática global uma vez que seus efeitos sobre as variáveis econômicas foram praticamente imperceptíveis, além disso, a adição dos spillovers tecnológicos significa potencialização dos ganhos de bem-estar.

Fonte: Geovânia Silva de Sousa


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