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Tese mensura os impactos econômicos das mudanças climáticas sobre a dengue e a leishmaniose no Brasil

A tese intitulada “Mudanças climáticas e seus impactos econômicos sobre a saúde humana: uma análise da leishmaniose e dengue no Brasil”, de autoria do estudante Chrystian Soares Mendes e orientada pelo Prof. Dr. Alexandre Bragança Coelho, foi defendida no dia 20 de maio de 2013 no programa de pós-graduação em Economia Aplicada da UFV.  Considerando o perfil favorável para a proliferação da dengue e leishmaniose no Brasil, a tese teve como objetivo analisar como as mudanças climáticas afetam a proliferação de dengue e leishmaniose nos municípios brasileiros, bem como verificar o valor dos gastos com tratamento dessas doenças por parte das famílias e do governo. Os principais resultados da pesquisa foram de que a elevação da temperatura e da precipitação terão impacto sobre a dengue; enquanto para a leishmaniose apenas o aumento da precipitação foi significante. Todas as regiões do país apresentarão uma elevação do número de internações por essas doenças, no entanto, as regiões Norte e Nordeste serão as que mais sofrerão com a elevação do número de contaminados. Para o Brasil como um todo, no final do século (2070-2099), a quantidade anual de internações por leishmaniose no cenário mais pessimista se eleva em cerca de 15% em relação a 1992-2002 (cenário base), enquanto que para a dengue esse aumento pode chegar a mais de 200%. Em relação aos custos relacionados à saúde, as estimativas mostram que para a leishmaniose haverá uma perda anual de renda das famílias em torno de R$ 1,9 milhão. Já o custo médio de internação previsto pode chegar a R$ 120 mil ao ano. A dengue, por sua vez, registrou uma elevação ainda mais intensa, pois em algumas regiões as perdas de renda média totalizaram mais de R$ 11 milhões por ano, e os custos com internação podem ser de até R$ 3,5 milhões anuais. (Public. em 27/05/2013)

 Fonte: Chrystian Soares Mendes